DESABAFO DE UM CLASSE MÉDIA EM BUSCA DA VIDA BOA
Pessoal, talvez a vida mais difícil de um brasileiro seja a de um classe média em busca de ascensão social. Primeiro, temos um certo tipo de cultura, conhecimento e acabamos sendo sugados à exaustão: curso de línguas, faculdade, trabalho, estudar pra concursos, pós-graduação, trânsito pesado, sem ar condicionado, "sem menção honrosa, sem massagem, a vida é loka, nego, e nela to de passage."
Classe Média Sofre? Muito mais que os ricos, certamente. Muito mais do que essa galera do morro que fica curtindo baile funk e tá feliz só de poder parcelar um smartphone e poder comprar sua cervejinha e dar seus rolezinhos final de semana. Nós entendemos como esse mundo é fodido, perverso, fdp, explorador e queremos sair de simples sugados descartáveis para uma vida plena, de prazer, de degustação, de viver realmente. Comer bem, passear, namorar, fazer amor num chalé com sua gostosinha. Isso é viver. Pegar um iate, viajar, tomar um bom vinho. As vezes dá vontade de desistir... Assumir nossa posição normal na sociedade, de um classe média que sustenta o sistema, com seu apartamento e seus filhos, seu carro financiado e é isso. Acabou. Morreu. Dá vontade de pegar minha grana, comprar um carro, passear mais, viajar. Mas isso significa a renúncia de coisas maiores. Eu quero ter minha fazenda, meu carro importado, meus fundos de investimentos. Pelo menos uns 4 imóveis. Quero desfrutar da vida e não a vida desfrutar de mim. Mas parece que não há descanso, não há ponto de chegada. há só uma leve esperança
Classe Média Sofre? Muito mais que os ricos, certamente. Muito mais do que essa galera do morro que fica curtindo baile funk e tá feliz só de poder parcelar um smartphone e poder comprar sua cervejinha e dar seus rolezinhos final de semana. Nós entendemos como esse mundo é fodido, perverso, fdp, explorador e queremos sair de simples sugados descartáveis para uma vida plena, de prazer, de degustação, de viver realmente. Comer bem, passear, namorar, fazer amor num chalé com sua gostosinha. Isso é viver. Pegar um iate, viajar, tomar um bom vinho. As vezes dá vontade de desistir... Assumir nossa posição normal na sociedade, de um classe média que sustenta o sistema, com seu apartamento e seus filhos, seu carro financiado e é isso. Acabou. Morreu. Dá vontade de pegar minha grana, comprar um carro, passear mais, viajar. Mas isso significa a renúncia de coisas maiores. Eu quero ter minha fazenda, meu carro importado, meus fundos de investimentos. Pelo menos uns 4 imóveis. Quero desfrutar da vida e não a vida desfrutar de mim. Mas parece que não há descanso, não há ponto de chegada. há só uma leve esperança
Vendo o blog do pobretão, ele falando sobre divertimento em sua empresa com os sofridos trabalhadores, passo algo parecido todos os dias: o tempo todo quando ando de moto e rola outra moto, automaticamente rola um pega pela cidade. Aquela sensação de liberdade. Isso é muito recorrente. Qualquer lugar que eu vá, de repente tem uma moto com outro sofredor e sem nem olhar um pro outro começa uma corrida pela cidade. Indo pra faculdade, voltando, dando volta fds.Na volta da faculdade é mais divertido ainda, pq geralmente dá uns 5 motoqueiros entre 80 e 120 km/h cortando todo mundo e só parando no sinal. Todos cansados, querendo voltar pra casa e tendo seu único momento de diversão do dia, extravasando toda a raiva, contida, sapos engolidos, desapontamentos. Muita adrenalina, andando a 120 km/h pelas ruas, cortando todo mundo, aquela sensação de poder, de alívio, de energia boa... Queria fazer isso a uns 300 km/h. Quem sabe daqui uns anos se eu continuar firme nos meus propósitos.
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